Seguro é um Contrato de Boa Fé


Em julho de 2019 eu orgulhosamente celebro bodas de prata de atuação ininterrupta como corretor de seguros. Ao longo desses 25 anos testemunhei uma impressionante transformação do mercado, do forte crescimento na participação no PIB nacional à gradativa e inexorável introdução de inovações tecnológicas; do avanço no enraizamento das boas práticas éticas à oferta de um número cada vez maior de coberturas disponíveis. Hoje pode-se proteger praticamente tudo de relevante para as pessoas e as empresas.

A indústria do seguro evoluiu muito. E parte dessa evolução reflete-se na capacidade de mensurar e precificar corretamente os riscos envolvidos em cada operação. Lembro bem dos primeiros seguros de Automóvel que fechei. Consultávamos uma tabela que cruzava o modelo e o ano do carro e chegávamos a um fator que, por sua vez, era multiplicado por um valor de referência. E só. Se o condutor fosse um jovem de 18 anos ou uma pessoa madura, se dormia em garagem ou na rua, tanto fazia: o preço era o mesmo, embora o risco não o fosse.

Quando as primeiras seguradoras passaram a exigir respostas a algumas perguntas básicas, muitas pessoas estranharam. “Para que você quer saber isso? Eu só quero um orçamento…”. Pois é, hoje são diversas as perguntas e não apenas para seguros de Automóvel, mas para qualquer tipo de seguro. As respostas determinam o grau de risco assumido pelas companhias seguradoras que, por sua vez, influenciam diretamente o preço.

É por essa razão que precisamos todos – profissionais do ramo e segurados – sermos muito cuidadosos com essas informações. A apólice de seguro é um contrato como outro qualquer. E pressupõe sempre a boa-fé. Respostas inexatas levam a precificações equivocadas. E, uma vez descobertas, há problemas que vão de cobranças complementares a recusas em indenizar eventuais sinistros. Em casos mais extremos, até mesmo a abertura de processos judiciais por falsidade ideológica pode ocorrer.

Quem contrata um seguro pensando em enfrentar dores de cabeça futuras? Queremos tranquilidade antes, durante e depois, não é mesmo? Então, fica o conselho: sempre respondam aos questionários prévios com a máxima coerência e fidelidade e, assim, evitem dissabores e vivam verdadeiramente protegidos e felizes!

Mauro Brachmans

Presidente e Fundador da Brachmans

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